quinta-feira, 20 de agosto de 2015
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Do dia: SOCORRO
Hoje, não tenho uma música, mas uma poesia de Martha Medeiros.
Antigamente, quando ficava triste, eu queria que a alegria viesse em meu socorro em minutos, como se ela fosse a próxima estação do metrô. Não queria atravessar ruas desertas, pontes frágeis, transversais melancólicas, não queria percorrer um trajeto longo até conquistar um estado de espírito melhor. Queria transformação imediata: da estação Tristeza para a estação Hip-Hip-Hurra, sem escala e sem demora.
Eu era ingênua em acreditar que poderia governar meus sentimentos. Como se fosse possível passar por estações deprimentes sem as ver, deixá-las para sempre presas no underground e saltando nas estações que interessam: Euforia, Segurança, Indepêndencia. Os pontos turísticos mais procurados.
Viver é uma caminhada e tanto, não tem essa colher de chá de selecionar onde descer. É preciso passar por tudo: pelo desânimo, pela desesperança, pela sensação de fracasso e fraqueza, até que a gente consiga chegar a uma praça arborizada onde iniciam outras dezenas de ruas, outras tantas passagens, e a gente segue caminhando, segue caminhando.
Locomover-se desse jeito é cansativo e lento, mas sei que não existe outra maneira consciente de avançar. Metrôs oferecem idas e vindas às cegas. Mantém nossas evoluções escondidas no subterrâneo. A gente não consegue enxergar o que há entre um desgosto e um perdão, entre uma mágoa e uma gargalhada, entre o que a gente era e o que a gente virou.
Não tem sido fácil, mas sinto orgulho por ter aprendido a atravessar, em plena luz do dia, o que em mim é sombrio e intricado. Não me economizo mais. Me gasto.
Eu era ingênua em acreditar que poderia governar meus sentimentos. Como se fosse possível passar por estações deprimentes sem as ver, deixá-las para sempre presas no underground e saltando nas estações que interessam: Euforia, Segurança, Indepêndencia. Os pontos turísticos mais procurados.
Viver é uma caminhada e tanto, não tem essa colher de chá de selecionar onde descer. É preciso passar por tudo: pelo desânimo, pela desesperança, pela sensação de fracasso e fraqueza, até que a gente consiga chegar a uma praça arborizada onde iniciam outras dezenas de ruas, outras tantas passagens, e a gente segue caminhando, segue caminhando.
Locomover-se desse jeito é cansativo e lento, mas sei que não existe outra maneira consciente de avançar. Metrôs oferecem idas e vindas às cegas. Mantém nossas evoluções escondidas no subterrâneo. A gente não consegue enxergar o que há entre um desgosto e um perdão, entre uma mágoa e uma gargalhada, entre o que a gente era e o que a gente virou.
Não tem sido fácil, mas sinto orgulho por ter aprendido a atravessar, em plena luz do dia, o que em mim é sombrio e intricado. Não me economizo mais. Me gasto.
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Do dia: SAGRADO
Hoje, tenho uma música, que é: SAGRADO, da banda Palavrantiga.
A música é a segunda faixa do CD "Sobre o mesmo chão", lançado em 2012.
LETRA:
É que o sagrado se tornou hilário
Ascendeu em abril, se espatifou em maio
E o que é que ficou ? Ficou o riso amarelo
E agora tanto faz o que é sagrado
Nada importa se isso tudo não for antes santificado
Bem no interior do meu peito deserto
Estou tentando ser bem honesto
Estou dizendo tudo o que eu penso
Estão sabendo que eu Te peço, Deus:
Venha o Teu reino
Bem dentro e lá fora
A Tua vontade, pra sempre e agora
Pois tenho fome, do pão deste dia
Daquilo que é só Teu
Ouça minha oração, que se fez cantiga
Canção pra acordar
Se Deus aceitar cantiga
Minha oração, Deus não perderá jamais
Música:
sábado, 11 de julho de 2015
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